BANANA

BANANA

O cultivo brasileiro de banana está distribuído por todo o território nacional. As maiores áreas, em 2017, localizaram-se nos Estados da Bahia com 73,1 mil hectares, São Paulo com 50,0 mil ha, Pará com 43,9 mil ha, e Minas Gerais com 41,6 mil ha.

No Brasil, o consumo é estimado em 25 kg per capita ao ano, representando 0,87% das despesas de alimentação do brasileiro. Cerca de 98% da produção é destinada ao consumo in natura, sendo o restante da produção representada pela fruta processada7.

A bananicultura brasileira apresenta características peculiares que a diferenciam das principais regiões produtoras do mundo, tanto em relação à diversidade climática em que é explorada, quanto ao uso de variedades, à forma de comercialização e às exigências do mercado consumidor. O baixo potencial de produtividade das variedades, o porte elevado de algumas delas e a presença de doenças e pragas são os principais problemas que afetam a cultura no país, os quais estão sendo solucionados com base em resultados de pesquisa.

Em 2018, o Brasil exportou para vários países de diferentes continentes um total de 28.629,9 mil t, com valor FOB de US$7,8 milhões, de bananas frescas ou secas e bananas da terra frescas ou secas. A América do Sul foi o principal destino das exportações brasileiras do produto (Uruguai, Argentina e Chile), atingindo o volume de 24.914,05 mil t, representando 87,0% do total, com valor FOB de US$6,15 milhões (Tabela 3), caracterizando as exportações brasileiras de banana como um comércio de vizinhança. Ou seja, grande parte da produção brasileira tem por destino o consumo interno, com menos de 5% da produção sendo direcionada à exportação

 

Manejo FBA na cultura da Banana


Pragas e Doenças

Broca-do-rizoma


O besouro Cosmopolites sordidus libera na bananeira larvas brancas, que penetram o rizoma da planta. Ao se alimentar, a broca-do-rizoma, como a praga é conhecida, forma galerias nos tecidos da bananeira. Uma das formas de controle mais comuns é a eliminação dos pseudocaules com a broca. Além disso, o produtor deve adquirir mudas de banana sadias e proceder ao descorticamento na plantação.

Alguns bananicultores preferem fazer o tratamento químico das mudas de bananeira. Outros mergulham as mudas em água quente por 20 minutos. Ambos os procedimentos são vantajosos quando o objetivo é tratar as mudas. Em outras situações, o controle biológico com o fungo Beauveria bassiana é o melhor método a ser adotado. Tudo depende do estágio do ataque da praga e do número de bananeiras no pomar.

Tripes-da-ferrugem-dos-frutos e tripes-da-erupção-dos-frutos


Os tripes-da-ferrugem-dos-frutos atacam as brácteas do coração e os frutos, que ganham a coloração marrom avermelhada, semelhante à ferrugem. Quanto aos tripes-da-erupção-dos-frutos, eles são encontrados nas flores abertas da bananeira e nas bananas verdes, cuja casca ganha pequenos pontos ásperos, o que compromete o valor comercial dos frutos. Dois métodos eficientes de controle são o ensacamento do cacho com inseticida (fase inicial de desenvolvimento) e a retirada do coração da bananeira.

Broca-rajada


Além de atacar plantações de cana-de-açúcar, o Metamasius hemipterus (ou broca-rajada) se alimenta das folhas da bananeira quando chega ao estágio de lagarta. Sua ação na bananeira promove a queda da planta, o que gera sérios prejuízos ao bananicultor. Para impedir o ataque dessa praga, são recomendados métodos de controle similares aos realizados no controle da broca-do-rizoma.

Lagarta-das-palmeiras e traça-da-bananeira


O brassolis sophorae ou lagarta-das-palmeiras ataca os pseudocaules da banana. Ao se alimentar, a praga causa a desfolha total da bananeira e significativa redução na produção de bananas. Quando a infestação é mínima, o controle pode ser físico, com a eliminação manual das lagartas. Em ataques avançados, a melhor medida é o controle químico, realizado com inseticidas.

Já o Opogon sacchari ou traça-da-bananeira ataca a bananeira na fase de lagarta. Ao se alimentar dos frutos, a praga acelera o seu amadurecimento e, consequentemente apodrecimento. Como resultado, os prejuízos são alarmantes. O controle deve ser feito com recomendação de um engenheiro agrônomo após análise do quadro atual da infestação.

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2675047/prosa-rural---pragas-e-doencas-da-bananeira