MILHO

MILHO


Milho 


O milho é a segunda maior cultura de importância na produção agrícola no Brasil, sendo superado apenas pela soja que lidera a produção de grãos no País. Para a safra 2020/2021, a produção esperada é de 80 milhões de toneladas.

O milho está na história do Brasil desde os primórdios do descobrimento, sendo cultivado por tribos indígenas das regiões Centro-Oeste, e possui tradição na culinária brasileira com pratos como a pamonha, o curau, o mingau e a pipoca, dentre outros. Nesta terça-feira (24) é comemorado o Dia Nacional do Milho, criado pela Lei nº 13.101/2015, com o objetivo de estimular sua cultura no País.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) parabeniza os agricultores que produzem e contribuem com o aumento e a promoção do cereal.

No início de seu cultivo, o milho era utilizado basicamente para a subsistência humana. Com o decorrer do tempo foi ganhando importância e transformou-se no principal insumo para a produção de aves e suínos, além de sua importância estratégica para a segurança alimentar do brasileiro ao longo das últimas décadas.

O Brasil já é o segundo maior exportador mundial de milho, superado apenas pelos Estados Unidos. O produto é reconhecido por sua boa qualidade e por garantir o abastecimento em vários países exatamente no período da entressafra dos EUA. Os principais países importadores do milho aqui produzido são o Vietnã, Irá, Coréia do Sul, Japão, Taiwan, Egito e Malásia.


MANEJO FBA NO MILHO


Principais pragas do milho: Pragas iniciais

Tanto na cultura do milho como na de sorgo vamos ter pragas no início do ciclo. São aquelas pragas que você nem bem semeou a cultura e já estão dando trabalho!

 

Agora confira as principais pragas iniciais e como combatê-las:

 

1. Corós

Os corós estão presentes nas lavouras de milho e de sorgo, com maior ocorrência nos meses de outubro, novembro e dezembro.

 

As larvas se alimentam do sistema radicular das plantas, o que gera falhas nas linhas de plantio.

 

O principal manejo é com inseticidas, mas você pode realizar outras técnicas que colaboram para o manejo.

 

As principais técnicas que auxiliam na redução dos níveis populacionais dos corós são:

 

preparo antecipado da área;

eliminação de hospedeiros alternativos e plantas voluntárias (como plantas daninhas);

destruição dos restos de cultura após a colheita.


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A foto da esquerda mostra o Coró, e a da direita o dano causado em plantas de mi

2. Larva-arame

A larva-arame (Conoderus spp., Melanotus spp.) ataca as sementes após a semeadura e o sistema radicular da planta.

 

Já adianto que essa praga também pode ser encontrada na cultura do sorgo.

 

Seu controle pode ser feito pelo tratamento com inseticidas fosforados sistêmicos, registrados para as culturas.

 

Mas também, pode ser feito através de uma boa drenagem da camada agricultável do solo, pois força a larva a aprofundar-se, reduzindo o dano no sistema radicular.

 

A rotação de culturas também é eficaz para redução dos níveis populacionais;

 

larva-arame

Larva-arame

 

( Fonte: Sistemas de Produção Embrapa)

 

3. Lagarta-rosca

As lagartas reduzem o número de plantas por metro linear, uma vez que cortam as plantas rentes ao solo.

 

Mais uma dica aqui: essa praga também é encontrada na cultura do feijão!

 

lagarta-rosca

Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)

 

(Fonte: Agrolink)

 

lagarta-rosca-adulto

Inseto adulto de lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)

 

( Fonte: UNESP)

 

Para o controle dessa praga é importante fazer o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos.

 

Também é fundamental a eliminação antecipada de plantas invasoras, já que as mariposas preferem ovipositar em plantas ou restos culturais ainda verdes.

 

4. Lagarta-elasmo

Essa praga causa prejuízos entre os estádios V1 e V8, aproximadamente.

 

lagarta-elasmo

(Fonte: Pioneer)

 

A lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) também está presente nas culturas do sorgo e do feijão.

 

A ocorrência dessa praga está associada à períodos de estiagem no início da cultura.

 

Além disso, fique mais atento a áreas de solo arenosos e com palha, que podem favorecer a praga.

 

5. Larva alfinete

A larva-alfinete (Diabrotica speciosa) tem grande importância na cultura do milho, estando presente também na cultura do sorgo.

 

Esse inseto ataca o sistema radicular, o que deixa a planta mais suscetível ao acamamento, o que provoca o sintoma conhecido por “pescoço de ganso”.

 

larva-alfinete-pescoço-de-ganso

(Fonte: Monsanto, Rafael Veiga – TD Cerrados Oeste)

 

Na fase adulta, o inseto alimenta-se de muitas culturas como por exemplo o feijão e a soja, mas para colocar seus ovos preferem gramíneas como o milho e o sorgo.

 

ciclo larva alfinete

(Fonte: Monsanto)

 

As principais medidas de controle para larva-alfinete são: eliminação de restos culturais;  uso de inseticidas granulados ou em pulverização no sulco de plantio.

 

O controle biológico com  os fungos Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Paecilomyces lilacinus.

 

O controle biológico é uma ótima alternativa e pode ser utilizado em conjunto com o método químico.

 

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Principais pragas do milho: Pragas da parte aérea

6. Lagarta-do-cartucho

A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) é uma das principais pragas do milho, causando grandes perdas, e também encontradas na cultura do sorgo.

 

A lagarta-do-cartucho penetra no colmo, criando galerias, o que provoca um sintoma conhecido por “coração morto”, que ocorre por causo do dano no ponto de crescimento da planta.

 

Essa lagarta pode causar redução de rendimento de 17 a 55,6%.

 

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Sintomas de “coração morto” em plantas de milho atacadas por lagarta-do-cartucho

 

(Fonte: Agricultura no Brasil)

 

A principal forma de controle da lagarta-do-cartucho é através da aplicação de inseticidas.

 

Mas existe também um importante inimigo natural dessa praga, a “tesourinha” (Doru luteipes), que preda ovos e lagartas pequenas.

 

A lagarta-do-cartucho pode também atacar as espigas causando grandes danos.

 

7. Lagarta-da-espiga do milho

A lagarta-da-espiga do milho (Helicoverpa zea) é outra importante praga do milho que também ataca o sorgo.

 

lagarta-da-espiga

(Fonte: 3rLab)

 

O controle químico através de inseticidas para o manejo de lagarta-da-espiga não é muito eficiente, já que a larva está protegida na espiga.

 

Uma das alternativas para o manejo é o controle biológico, com o uso de parasitoides e predadores, como a tesourinha (Doru luteipes).

 

A tesourinha deposita seus ovos nas camadas de palha da espiga e tanto a forma jovem quanto os adultos se alimentam dos ovos e das pequenas larvas da praga.

 

Uma tesourinha pode consumir aproximadamente 42 ovos por dia .

 

Os ovos da lagarta-da-espiga também podem ser parasitados por Trichogramma, sendo outra forma eficiente de controle biológico.

 

8. Broca-da-cana

A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) está presente na cultura do milho e sorgo, atacando desde V6 até o final do ciclo.

 

broca-da-cana

(Fonte: Agranja)

 

Segundo a Embrapa, o controle pode ser feito do mesmo modo como é feito em cana-de-açúcar, através da liberação do parasitoide de ovos Trichogramma spp. ou através do parasitóide de larva, a vespa Cotesia flavipes.

 

Mais informações sobre a broca-da-cana podem ser verificadas nesse folder da Embrapa.

 

9.Pulgão

Os maiores danos do pulgão no milho (Rhopalosiphum maidis) são vistos durante o seu pendoamento, sendo também presente na cultura do sorgo.

 

Os danos mais expressivos são observados em altas infestações, especialmente quando as culturas estão em estresse hídrico, ou ainda quando há fonte de inóculo nas proximidades.

 

No caso do sorgo há ainda uma outra espécie conhecida por pulgão-verde (Schizaphis graminum), infestando a cultura desde a emergência das plantas até a maturação dos grãos.

 

O inseto suga seiva das folhas e introduzem toxinas que provocam bronzeamento e morte da área afetada.

 

Ainda  pode transmitir o vírus do mosaico da cana-de-açúcar, o que causa muitos danos ao sorgo.


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