PÊSSEGO
PÊSSEGO
Entre vários tipos de frutíferas, o pessegueiro está entre aquelas que antes eram produzidas apenas nas regiões de clima temperado e que agora são produzidas com grande sucesso em outros locais, antes considerados como não apropriados para o cultivo dessa frutífera. Outro fator importante é que o pêssego, tanto para consumo in natura como para a indústria, é uma fruta de fácil comercialização.
Como já dissemos, existem algumas regiões que não são de clima temperado, mas apresentam características climáticas que favorecem o cultivo do pessegueiro. Assim, microclimas favoráveis podem ser obtidos em locais de altitudes elevadas, geralmente acima de 900 metros, onde é possível obter-se, pelo menos, 100 horas por ano, com temperatura igual ou inferior a 7ºC.
Clima temperado
Uma região é classificada de clima temperado, quando o mês mais quente do ano apresenta uma temperatura média superior a 10ºC e, no mês mais frio, a temperatura média varia na faixa de –3ºC a 18ºC. Estes climas são encontrados nas localidades compreendidas entre as latitudes de 25º Sul e 45º Sul. O pessegueiro tem essa exigência térmica, porque o seu ciclo de vida é, basicamente, formado por duas fases distintas, que são: a fase vegetativa e a de dormência (repouso).
Manejo FBA do Pessego
Principais Doenças e Pragas
No Brasil, as doenças do pessegueiro (Prunus persica) causam sérios problemas, que impactam na boa condução do pomar. A intensidade da doença varia de acordo com as condições climáticas, a cultivar implantada e o estado nutricional das plantas. Com o controle adequado, os riscos de perdas na produção são reduzidos satisfatoriamente”, afirma Francisco Ramos da Fonseca, professor do Curso CPT Produção de Pêssego.
Ferrugem
A ferrugem se concentra, nas folhas do pessegueiro, no estágio final do ciclo da planta. Trata-se de manchas amarelo-ferruginosas (face inferior) e amarelo-pálidas (face superior). Com o avanço da doença e condições climáticas favoráveis (temperatura e umidade elevadas), essas manchas necrosam e causam a queda precoce das folhas. Os frutos também são infectados e, como consequência, a frutífera fenece.
Além da prevenção com boas práticas de manejo do pomar, os fruticultores são orientados por especialistas para procederem ao controle químico assim que a primavera começa. Com isso, a frutífera se torna mais resistente à doença.
Podridão parda
A podridão parda é causada por fungos e se concentra nos ramos, nas flores e nos frutos do pessegueiro. Normalmente, esses fungos acometem os botões florais, que se tornam pardos e murchos. Com o decorrer do tempo, a doença se espalha do pedúnculo até os ramos, o que causa a morte da frutífera. Nos pêssegos contaminados, surgem pequenas manchas pardas circulares, que aumentam o tamanho com o avanço da podridão.
Tanto nas podas como na colheita dos pêssegos, é importante evitar injúrias nos frutos. Caso contrário, mesmo pequenas, essas lesões podem favorecer a entrada de fungos. Recomenda-se o controle químico, no verão, além de podas de limpeza, para o bom arejamento da frutífera.
Podridão mole
A podridão mole acomete os frutos, quando armazenados indevidamente, ou mesmo no transporte dos pêssegos em caixas sujas e contaminadas com fungos. Essa doença inviabiliza comercialmente os frutos, pois deixa a polpa com aspecto aquoso.
O melhor método de controle da doença é com a higienização das caixas de colheita. Elas devem ser lavadas e desinfetadas com solução à base de hipoclorito de sódio. Além disso, na pré e pós-colheita dos pêssegos, os frutos devem passar por tratamento químico.